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Banco Inter vazou dados de quase 20 mil clientes, diz MP

Investigação do Ministério Público apontou vazamento de dados de correntistas, ameaça de testemunhas e possíveis tentativas de obstrução.

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Rafael Oliveira

1 de ago de 2018

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Há três meses, um suposto vazamento de dados de correntistas do Banco Inter veio a tona quando um hacker divulgou ao portal TecMundoum arquivo criptografado que conteria informações pessoais de 300 mil clientes –  confira o que o TecMundo falou do Promobit. Na época, a instituição financeira alegou ter sofrido tentativa de extorsão e disse que a notícia sobre o vazamento era “inverídica, com conteúdo técnico questionável e impreciso, publicada com o objetivo exclusivo de prejudicar a reputação do banco”.

Mesmo sem a confirmação da instituição, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) iniciou investigação e apurou que dados de 19.961 correntistas do Inter foram comprometidos. Entre os dados vazados estariam RG, CPF, CNH, declaração de imposto de renda, e-mail, telefone, endereço, senha, código de segurança (CVV) e fotos de cheques para compensação via aplicativo.

Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

Das quase 20 mil contas envolvidas, 13.207 tiveram dados bancários comprometidos, incluindo número da conta, senha, endereço, CPF e telefone do cliente. 4.840 correntistas de outros bancos que fizeram transações com clientes do Banco Inter também foram afetados, segundo Comissão de Proteção dos Dados Pessoais.

Uma ação civil foi movida pela Comissão contra o Banco Inter, pedindo pagamento de R$ 10 milhões, “a título de indenização, em razão de não ter tomado os cuidados necessários para garantir a segurança dos dados pessoais de seus clientes e não clientes. O valor, no caso de condenação, será revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD)”.

“As tentativas de encobrir o incidente de segurança, promovidas pelo Banco Inter, geraram prejuízos morais e insegurança aos clientes, não clientes, investidores, acionistas, ecossistemas de Fintechs e Startups brasileiros de dados, bem como na confiabilidade da migração dos serviços de processamento, armazenamento e de computação em nuvem das instituições financeiras”, ressaltou o Coordenador da Comissão do MP.

Segundo escândalo envolvendo bancos digitais

O mês de maio foi marcado por outro episódio envolvendo bancos digitais, quando o Banco Central decretou liquidação extrajudicial do Banco Neon S.A., antigo banco Potencial. O Neon Pagamentos, que oferece conta corrente administrada por aplicativo e cartão de crédito sem anuidade, teve suas operações afetadas e quase todos seus serviços saíram do ar.

No mês passado, o Promobit fez um artigo especial que mostra como está o Neon depois da crise. A instituição anunciou parceria com o Banco Votorantim e conseguiu restabelecer todas as suas funções, com exceção das compras no cartão de crédito, lançou novos serviços e mostra-se estar completamente recuperada.

Ambos os episódios geraram insegurança aos clientes dos bancos, que procuravam nas contas digitais um ambiente seguro e prático que fosse diferente do oferecido por bancos tradicionais. As tentativas do Inter de encobrir o vazamento de dados e dizer aos clientes que suas informações estavam seguras também colocam à prova a confiabilidade de instituições do mesmo segmento.

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