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Processadores octa-core são sempre os melhores para smartphones?

Os processadores octa-core mostram-se melhores no uso multitarefa, nem sempre quantidade de núcleos é sinônimo de desempenho.

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Vinicio Rolim Lira

9 de jul de 2020

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Entre os melhores processadores para celular da atualidade os processadores octa-core viraram sinônimo do que há de melhor atualmente para smartphones, porém um processador ter oito núcleos significa que ele o é melhor que outro de quatro núcleos? Nem sempre, e para entender como os núcleos podem fazer diferença vamos entrar em mais detalhes neste artigo.

As vantagens em ter mais núcleos

Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

Um processador com mais núcleos é capaz de dividir as tarefas que o precisa realizar por núcleos sem que o processador como um todo fique sobrecarregado. Logo, um processador octa-core ou de oito núcleos será capaz de ter um desempenho melhor enquanto estamos fotografando ao mesmo tempo em que ouvimos música e as redes sociais estão recebendo notificações. O tal do uso multitarefa.

As ações exigidas pelo usuário em um smartphone não são realizadas por todos os núcleos ao mesmo tempo, ela são divididas entre os núcleos e normalmente o sistema operacional e os aplicativos têm suas funções executadas em núcleos específicos. Um processador com mais núcleos também tende a demandar menos consumo da bateria, pois os núcleos costumam  atuar separadamente e para funções específicas. 

Porém, não basta apenas ter muitos núcleos para que o desempenho seja mais rápido e sem engasgos ou travamentos, pois alguns fatores influenciam na performance do processador, como a capacidade de memória RAM do smartphone, a forma como sistema operacional e aplicativos interagem com os núcleos do processador e a velocidade de clock do processador. 

O clock do processador

O clock pode ser definido como uma determinada quantidade de operações que um processador é capaz de realizar por segundo, sendo calculada em Ghz. Em tese, quanto maior o número do clock, mais rápido uma função é executada pelo processador. Porém, a tecnologia atual encontra gargalos para criação de processadores com velocidade de clock cada vez maiores: a temperatura do processador e tamanho do chip que ficariam maior a cada novo processador mais veloz. 

Imagem exemplificando o trecho de texto anterior
Processador Snapdragon

Muitos processadores possuem núcleos com velocidade de clock diferentes e isso influencia no desempenho geral. O processador octa-core Snapdragon 855 da Qualcomm equipa smartphones de alto desempenho como o Xiaomi Mi 9 e possui em seu núcleo mais rápido clock de 2,84 GHz que é dedicado para situações que demandam exigência extrema do processador. Outros três núcleos com clock de 2,42 Ghz operam nas funções mais pesadas, enquanto os quatro núcleos mais simples possuem clock de 1,8 Ghz. 

Já o processador Helio P22 da Mediatek que foi projetado para smartphones de entrada, também possui oito núcleos, sendo todos eles de 2.Ghz, apenas um pouco mais rápido dos que os núcleos do Snapdragon 855 destinados às operações mais simples. Em situações de demanda extrema o Helio P22 com clock de 2.0 Ghz terá mais dificuldades. 

Sem comparações entre Android e IOS, mas outro exemplo é o Bionic A13 de fabricação Apple e que equipa o atual iPhone 11 Pro. Apesar das especificações não reveladas pela maçã sobre seu processador, sabemos que ele possui quatro núcleos e desempenho muito bom. É bem provável que a adaptabilidade do processador ao IOS e a memória RAM também da Apple tenham relação com isso.  

RAM e memória cache: a dupla parceira do processador

A memória RAM é a responsável por receber e armazenar informações que o processador necessita com frequência para realizar determinadas tarefas. A memória RAM é uma espécie de auxiliar do processador e caso ela também não seja rápida, aquela consulta que o processador fez a memória RAM vai demorar a ter resposta.  

Imagem exemplificando o trecho de texto anterior
Processador Bionic A13 da Apple.

Outra memória importante para o funcionamento do processador é a memória cache que em uma analogia bem simplificada seria como se o processador tivesse bolsos para armazenar alguns dos dados que usa frequentemente ao invés de consultar a RAM para qualquer demanda. Desta forma o processador consegue executar algumas funções com maior rapidez. 

A memória cache fica no processador e possui capacidade de armazenamento muito inferior ao da memória RAM, porém é bem mais rápida. A memória cache possui três níveis, L1 que é a mais rápida, L2 e L3 e a distribuição desses níveis entre os núcleos do processador também influenciam no desempenho. 

Octa-core é bom, mas não é tudo

O processador octa-core é uma evolução na tecnologia de smartphones e mostra-se eficiente para o uso multitarefa que é uma demanda cada vez maior dos smartphones, porém como o desempenho do aparelho depende do jogo coletivo, o processador sozinho não é o único responsável por tornar a usabilidade mais fluida e rápida. Oito núcleos e clock alto ajuda, mas não apenas. 


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