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Patinete ou bicicleta compartilhada, qual o melhor usar no dia a dia?

As duas opções para os congestionamentos das grandes cidades prometem facilitar o deslocamento diário, mas qual será a mais vantajosa?

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Vinicio Rolim Lira

10 de ago de 2019

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    O deslocamento diário nas grandes cidades brasileiras é um desafio que parece mais difícil a cada dia e como morar próximo ao local de trabalho é privilégio cada vez mais difícil, algumas estratégias para encurtar o tempo de deslocamento como as bicicletas e patinetes compartilhados ganham adeptos e mudam a paisagem das principais avenidas comerciais das metrópoles, principalmente nos horários de entrada e saída do trabalho. 

    A mesma estranheza inicial causada pelo uso das bicicletas desbloqueadas por aplicativos também foi percebida há menos tempo quando patinetes começaram a dividir espaço com bikes, carros, ônibus e motos no trânsito. Existem algumas empresas que ofertam o serviço de aluguel de bicicletas e patinetes elétricos e usando a cidade de São Paulo como cenário. Iremos analisar em quais situações vale mais a pena utilizar a bicicleta ou o patinete e qual empresa oferece as melhores tarifas ou melhor serviço. 

    Empresas de bicicleta compartilhada 

    Atualmente em São Paulo existem três serviços principais de aluguel de bicicletas compartilhadas. Ciclo Sampa, Bike Sampa (mais antigo da cidade) e Yellow, sendo os dois primeiros funcionando no sistema de estações fixas para retirada e devolução, enquanto a Yellow opera no sistema doklees, ou sem estação. 

    Yellow

    bike-yellow

    O serviço da Yellow é o mais recente em São Paulo e também pode ser considerado o menos burocrático, devido a ausência de estações para que o serviço seja prestado. O funcionamento é simples, basta baixar o app, fazer seu cadastro, colocar crédito em sua conta do sistema e o desbloqueio da bicicleta acontece ao escanear o QR Code localizado na bike. Os usuários também podem encontrar as bicicletas no mapa localizado no Aplicativo. 

    A bicicleta é básica e projetada para uso urbano em trajetos curtos. Os pneus são sólidos para impedir furos, o corpo da bicicleta é baixo para que usuários de vários tamanho possam usar a bike sem dificuldade, porém a bicicleta não possui marchas, sendo um fator que dificulta o uso em regiões com relevo acidentado e repletos de subidas. O valor cobrado é de R$ 1,00 a cada 15 minutos. 

    A empresa também disponibiliza as e-Bikes, bicicletas elétricas acionadas com o mesmo funcionamento, mas com a diferença de ser possível verificar a quantidade de bateria disponível na bicicleta pelo aplicativo, o que permite saber se é possível chegar ao seu local com a quantidade de carga disponível. As bikes elétricas estão distribuídas em menor quantidade do que as bikes comuns, além de possuir área de atuação menor e preço mais alto. São cobrados R$ 5,00 no momento do desbloqueio mais R$0,40 por minuto usado. Falando em área de atuação, a empresa cobra R$30,00 dos usuários que estacionarem a bicicleta fora desta área que pode ser consultada no mapa do aplicativo. 

    Leia também:Yellow – Aluguel de Bikes: O que é e como funciona

    Bike Sampa 

    bike_sampa

    O primeiro serviço de aluguel de bicicletas compartilhadas disponível em São Paulo, atualmente funciona oferecendo diferentes planos de uso e o desbloqueio no Bike Sampa também ocorre pelo aplicativo. Existem diferentes planos com melhor custo-benefício proporcional ao tempo de permanência. O plano diário custa R$8,00 e permite o uso por quantas vezes quiser dentro de um dia, desde que nenhuma viagem ultrapasse 60 minutos. 

    Caso o tempo seja ultrapassado será cobrado R$ 5,00 a cada 30 minutos excedentes. Para não pagar o valor a mais basta estacionar a bicicleta antes dos 60 minutos de uso em alguma estação e aguardar 15 minutos para retirar outra bike em qualquer estação. Os outros planos são de três dias por R$ 15,00, mensal por R$ 20,00 e anual que custa R$ 160,00. Em todos os planos é cobrado o adicional após 60 minutos de uso contínuo. 

    O sistema de retirada e devolução em estações pode ser considerado um limitador do sistema do Bike Sampa. Ao desbloquear a bicicleta tem início o tempo de cobrança que só será concluído ao devolver a bicicleta em qualquer outra estação. Logo, recomenda-se um planejamento antecipado de onde retirar e estacionar a bicicleta antes de fazer uso do serviço. A bicicleta é simples, porém melhor equipada que a amarelinha da Yellow, são 3 velocidades de marchas que tornam a bicicleta mais dinâmica para diferentes tipos de relevo e deslocamentos maiores. 

    Ciclo Sampa

    ciclo-sampa

    Com sistema de compartilhamento similar ao Bike Sampa, em 2013 teve início a iniciativa Ciclo Sampa. As bikes vermelhas também ficam estacionadas em estações e devem ser devolvidas em qualquer outra estação do serviço espalhadas principalmente nos bairros de Pinheiros, Jardins e Itaim. Para usufruir do serviço também é necessário cadastrar seus dados e  um cartão de crédito no site do Ciclo Sampa, depois basta desbloquear a bike nas estações do serviço. 

    As bikes vermelhas também possuem 3 marchas e o uso pelo primeiros 30 minutos é gratuito, com cobrança de R$ 5,00 a cada 30 minutos excedentes. Uma dificuldade para os usuários está na quantidade restrita de estações do Ciclo Sampa, apenas 18 que estão concentradas entre as zonas Sul e Oeste da cidade. O que pode ser um complicador para a inserir a bike na logística diária por exemplo, sendo mais recomendada para passeios em momentos de lazer. 

    Qual usar? 

    Entre as bicicletas compartilhadas, provavelmente o Ciclo Sampa é a opção mais difícil de inserir em uma rotina de deslocamento, como metrô-local de trabalho, por exemplo. As  estações são escassas e normalmente existem outros serviços que cobrem a mesma área, logo são mais indicadas para momentos de lazer caso estejam próximas do local que você está. 

    Entre as opções da Yellow as bikes elétricas são ótimas opções para qualquer trajeto, já que seu sistema auxilia na potência da pedalada e reduz o esforço, além da principal vantagem de poder ser estacionada na calçada, desde que em locais que não atrapalhem a circulação das pessoas. Mas o preço elevado é um fator que torna as e-Bikes financeiramente inviáveis para a maioria das pessoas. A Yellow comum sem marcha é mais barata, mas em um cidade como São Paulo algumas subidas são praticamente inviáveis sem marchas ou motor elétrico. Desta forma as bikes da Yellow mais simples são recomendadas para trajetos pouco íngremes, e não tão longos. Normalmente um complemento para trajeto maiores, com cerca de 15 minutos de pedalada.

    Já o sistema do Bike Sampa é válido tanto para curtas distâncias quanto para longos trajetos rotineiros como o trabalho ou faculdade, pois os planos de uso permitem um melhor cálculo de gastos para ser adicionado ao suas despesas mensais e as estações estão mais distribuídas pela cidade. A bike é mais confortável que a Yellow, e possui marchas, fator diferencial para cidades com variação de relevo como São Paulo, além de serem mais indicadas para trajetos de até 60 minutos devido ao valor cobrado. Porém todas essas vantagens só fazem sentido desde que existam estações ao longo do seu trajeto e próximas ao seu destino final, caso contrário as estações fixas são empecilhos para deslocamentos rotineiros e podem obrigá-lo a desviar do seu trajeto. 

    Empresas de patinete elétrico

    No caso dos patinetes existem menos diferenças entre as empresas prestadoras do serviço. São elas Yellow, Grin, Scoo e Lime e para o usar o serviço basta fazer o cadastro no aplicativo respectivo, ir até o patinete da empresa e fotografar o QR Code para liberar o patinete. Com pequenas diferenças entre eles, de maneira geral os quatro patinetes possuem um visor para informar a velocidade que o veículo encontra-se, uma alavanca para acelerar do lado direito, outra para frear do lado esquerdo e um freio mecânico acionado pelo pé na roda traseira. Embora nem sempre funcione da melhor maneira é possível localizar os veículos motorizados de duas rodinhas no mapa dos apps. 

    Em maio de 2019, a Prefeitura de São Paulo estabeleceu novas regras para o uso dos patinetes na cidade, como a obrigatoriedade do uso do capacete, a proibição de trafegar com o patinete pela calçada, e o uso apenas em ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e ruas com limite de velocidade de até 40 Km/h. As multas em caso de desobediência variam entre R$ 100 e R$ 20 mil e serão aplicadas às empresas operadoras do serviço, que as repassarão para os usuários. 

    Yellow

    patinete-yellow

    Após a implementação das bikes compartilhadas, a Yellow trouxe os patinetes elétricos com sistema semelhante de funcionamento. O patinete da Yellow é um pouco menor que os outros dois e o usuário paga R$ 3,00 pelo desbloqueio, e mais R$ 0,50 por minuto de uso. A taxa de resgate de R$ 30,00 também será cobrada de usuários que estacionarem fora da área de atuação ou em caso de devolução após o horário de funcionamento, que em São Paulo é das 08h às 21h.

    Grin

    somos-grin-patinete

    As patentes verdes da Grin, Antiga Ride, começaram a operar em agosto de 2018 com a proposta de cobrir trajetos de até 3km, segundo a empresa curtos demais para serem feitos de carro e longos demais para serem feitos a pé. A patinete que possui a sinalização de verde na alavanca que acelera e vermelho na alavanca de freio atinge até 20 km/h. O sistema de desbloqueio também é feito por aplicativo e após o término do percurso o usuário pode deixa o veículo em bicicletários ou locais predeterminados no app. O custo é igual ao da Yellow,R$3,00 para começar a usar e R$0,50 a cada minuto rodados.

    Scoo

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    A Scoo começou a operar em São paulo em 2018 e assim como os concorrentes também equipa sua patinete com prancha antiderrapante. Semelhante à Grin, é necessário devolver a patinete em um dos pontos disponíveis no mapa localizado no aplicativo. O valor do serviço é o mais acessível, custando ao usuário R$1,00 pelo desbloqueio e R$0,25 a cada minuto de uso. 

    Lime

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    A mais nova empresa a atuar na cidade é a Lime e a nova opção não apresenta muitas novidades além da concorrência saudável. A área de atuação é semelhante às outras empresas, com patinetes espalhados pelos bairros nobres da região Oeste e Sul. Outro ponto em comum é o valor cobrado pelo uso do patinete que assim como Yellow e Grin possui valor inicial de R$ 3,00 no desbloqueio e R$0,50 a cada minuto utilizado, que pode ser pago com cartão de crédito ou adquirindo créditos pré-pagos.  

    Qual usar? 

    Mais do que as bicicletas, os patinetes elétricos são pensados para complementar trajetos que não são abastecidos pelo metrô, que apresentam grandes trechos de congestionamento e principalmente não muito extensos. O patinete é um veículo prático e que proporciona deslocamento com maior agilidade e sem muito esforço físico, já que toda a propulsão é feita pelo motor elétrico. 

    A intenção de uso rápido e complementar nos trajetos cotidianos e para curtas distâncias pode ser percebida no valor cobrado pelo uso. Os patinetes da Yellow e da Grin cobram R$3,00  para o desbloqueio, mais R$0,50 a cada minuto utilizado, enquanto a Scoon apesar de ser a opção de patinete mais barata oferece o serviço por R$1,00 pelos primeiros quatro minutos de uso, acrescentando R$ 0,25 por minuto utilizado a mais

    Os patinetes da Yellow e da Grin são mais fáceis de serem encontrados, sendo que o primeiro apresenta maior estabilidade em sua condução. O Scoo apesar de mais barato possui menor oferta pela cidade, ponto negativo, já que uma das características esperadas por esse tipo de serviço é de que ele esteja disponível em boa quantidade e em pontos estratégicos. 

    De maneira geral os patinetes elétricos são uma opção para quem deseja chegar rápido a um lugar mais próximo sem ficar preso no trânsito, mas mesmo que exista bateria suficiente no veículo, eles deixam de ser vantajosos em distâncias superiores a 10 minutos de deslocamento. Para nível de comparação, um deslocamento entre a esquina da rua da Consolação até o final da Avenida Paulista tem 2,4 km e leva em média 8 minutos em um patinete elétrico. Neste percurso que pode ser feito de metrô pelo valor de 4,30 a Yellow e Grin custariam R$7,00 e a Scoo sairia por R$2,00, porém a última é que possui menor distribuição pela cidade.  

    Patinete elétrico ou bicicleta? 

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    Nas grandes cidades existem várias possibilidades de trajeto e saber qual o melhor é uma experiência bastante particular e que depende do quanto a pessoa pode e/ou está disposta a gastar. Porém, de maneira geral, o patinete é ideal para trajetos de até 3 quilômetros ou para quem pode gastar mais e não está disposto a fazer esforço físico. Para distâncias maiores que 3 quilômetros com duração entre dez e vinte minutos, a bike Yellow básica ou elétrica, a depender do seu orçamento é uma boa opção. Principalmente pela sua característica de poder ser estacionada em qualquer lugar dentro da área de atuação. 

    Em trajetos de até 1 hora o Bike Sampa mostra-se a opção mais viável devido a boa distribuição de suas estações pelo centro expandido de São Paulo e pelo valor cobrado que mostrou-se o mais vantajoso entre todas as opções, principalmente ao adquirir os planos mais longos. O plano mensal custa R$20,00 e ao dividirmos o valor por 30 dias o preço do pedal fica por R$0,66 centavos. No caso do plano anual que custa R$160,00 o valor diário fica ainda menor, saindo por R$0,4 centavos. Portanto, de forma geral as bikes são as mais indicadas para quem pretende fugir do trânsito e da lotação do transporte público, em especial as laranjinhas do Bike Sampa para as pessoas querem colocar as magrelas em sua rotina diária de deslocamento. 


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