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O que é microLED?

Saiba como funciona a tecnologia que promete dominar a tela das TVs nos próximos anos.

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Rafael Oliveira

27 de mar de 2018

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Na CES 2018, a Samsung apresentou ao mundo a The Wall, uma TV de 146 polegadas que usa tecnologia microLED em sua tela. Apesar de não ser tão recente assim, foi a primeira vez que muita gente ouviu falar dessa tecnologia, que é animadora e promete dominar as telas de TVs nos próximos anos.

Para isso acontecer, porém, fabricantes terão que driblar algumas das limitações do microLED, como o custo de produção em larga escala. Além da Samsung, a Apple está investindo forte na tecnologia.

O artigo de hoje explica em detalhes o que é e como funciona o microLED, suas diferenças para o OLED e LCD e por que ainda vai demorar um tempo para vermos TVs com a tecnologia por preço acessível.

O que é microLED?

O microLED é uma tecnologia que promete unir as qualidades do OLED e LCD, como contraste infinito, tempo de resposta baixíssimo, boa eficiência energética e brilho alto.

O microLED usa basicamente a mesma tecnologia dos displays LED, contando com nitreto de gálio (GaN) em uma camada inorgânica usada na construção da tela. A diferença é que nas telas microLED são usados milhões de LEDs minúsculos, com 100 micrômetros (µm) ou menos, para emitir luz.

LCD, OLED, microLED
Construção das TVs LCD, OLED e microLED / Fonte: Trendforce

As telas OLED usam camada orgânica de semicondutores em sua construção, por isso têm mais chances de apresentar burn-in e perder luminosidade com o tempo, conforme o material se desgasta. Por usar material inorgânico em sua tela, o microLED não apresenta tais problemas.

Os milhões de LEDs que compõem a tela são unidos em módulos, que podem ser usados em conjunto e dão possibilidades imensas à tecnologia, como a criação de TVs modulares e de telas microLED de qualquer tamanho.

Leia também:OLED E QLED: quais as diferenças

As qualidades do microLED

As qualidades do microLED são as mesmas que encontramos em telas OLED, ou seja, cores extremamente fiéis graças aos pixels que emitem as cores vermelho, verde e azul (RGB) e que podem ser desligados completamente, proporcionando tons de preto profundos e, consequentemente, contraste infinito.

Graças à quantidade de LEDs usados em uma tela microLED, o nível de brilho dela pode ser muito maior do que o apresentado pelas TVs atuais, assim como o tempo de resposta bem menor que tende a ser medido em nanossegundos (ns), diferente das OLED onde a medida é em microsegundos (µs) ou nas LCD que têm tempo de resposta em milissegundos (ms).

LCD, LED e OLED trendforce

Pelo fato dos LEDs poderem ser desligados completamente para proporcionar preto perfeito, temos a mesma eficiência energética das TVs OLED, que é excelente.

Além disso, painéis microLED têm vantagens importantes frente aos OLED: vida-útil e flexibilidade.

Por serem compostos por camadas de materiais inorgânicos, as telas microLED não tendem a apresentar os mesmos problemas que as OLED apresentam com o tempo, durando bem mais. Além disso, a necessidade de várias e diferentes camadas na construção da TV é eliminada, o que possibilita que haja TVs microLED curvas, flexíveis, dobráveis  e até transparentes.

A desvantagem do microLED

É claro que a tecnologia não é perfeita. O fato de não vermos telas microLED nas TVs hoje está diretamente ligado ao alto custo da produção em larga escala de painéis do tipo.

Uma tela microLED com resolução 4K (3840 x 2160 pixels) é formada por quase 25 milhões de LEDs (ou 8 milhões, contando as cores primárias em conjunto). Eles devem ser unidos e soldados, um por um, ao painel formando módulos que compõem a TV. Estamos falando de milhões de LEDs com o tamanho microscópico (menor que um grão de areia). É um processo extremamente complexo.

Devido a essa limitação, a tecnologia ainda demorará anos para dominar o mercado, aparecendo primeiro em produtos de nicho como a The Wall, que será lançada em agosto nos EUA e não será nada barata, e depois se expandindo para outros segmentos e categorias que atendem às massas.

led oled microled
As TVs microLED têm mais qualidades do que as demais, porém o custo de produção também é maior. / Fonte: Trendforce

Que produtos usarão telas microLED?

Como o custo de pesquisa e produção em larga escala ainda é alto, é provável que vejamos a tecnologia em telas menores de início. Rumores recentes indicam que a Apple está testando a tecnologia, e que ela poderia ser usada no Apple Watch no futuro.

Naturalmente, meios mais práticos e menos custosos de produzir telas microLED serão desenvolvidos com o tempo e então veremos a tecnologia em telas de smartphones, óculos VR, monitores, notebooks e, claro, TVs.

A The Wall, televisão microLED da Samsung, mesmo sendo fabricada para uso doméstico (segundo a fabricante), é um aparelho voltado para um nicho específico — afinal, quem é que pode pagar e tem espaço para exibir uma TV de 146 polegadas? A TV microLED é formada por módulos que possibilitam ao usuário deixá-la do jeito que quiser, alterar seu tamanho e inclusive a proporção da tela.

Vale a pena esperar por uma TV microLED hoje?

É difícil dizer. Com o rápido avanço tecnológico que temos visto nos últimos anos, podemos apenas imaginar que a tecnologia demorará alguns anos para estar realmente presente no mercado.

Mas fato é que as primeiras TVs microLED a serem vendidas ao consumidor serão muito caras. Elas provavelmente estarão num patamar bem acima das OLED e QLED, que hoje já são consideradas TVs caras.

Samsung The Wall
The Wall, da Samsung, chega em agosto e não deve ser nada acessível / Fonte: The Verge

A não ser que você pretenda manter sua TV atual por quatro anos para então decidir o que fazer, não compensa esperar pela nova tecnologia. Você pode investir em uma TV 4K de entrada, produto que hoje está bem mais acessível, ou em uma TV mais cara visando ficar mais tempo com o aparelho.

E como sonhar é de graça, facilitaremos a adição da TV de 146 polegadas à sua lista de desejos.

Se estiver pensando em comprar uma TV 4K hoje, estamos na melhor época para isso! Têm aparecido muitas ofertas de TVs 4K da Samsung, já que a marca fechou parceria com o SporTV para transmitir jogos da Copa do Mundo em altíssima resolução.

Se está interessado em um produto do tipo e não sabe qual comprar, não deixe de conferir nossa seleção de TVs 4K para games.