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Golpe da troca de cartão: saiba como acontece e como se proteger

Infelizmente, o chamado “golpe da troca de cartão” tem sido recorrente e nem sempre a decisão da justiça é favorável ao consumidor.

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Willian Oliveira

3 de mar de 2019

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Hoje em dia é cada vez mais comum as pessoas saírem de casa sem um centavo no bolso, apenas com o cartão. Eu mesmo costumo passar o cartão até para comprar um halls. Além de ser muito mais prático e em alguns casos rápido, porque dispensa esperar pelo troco e pela certificação de que você não está passando notas falsas, você não precisa se deslocar até um caixa eletrônico.

No entanto, o que era só alegria, se tornou preocupação devido ao chamado “golpe da troca de cartão”. Apesar de não ser tão novo assim, a ocorrência tem sido cada vez maior, principalmente em grandes eventos, como o carnaval. Nas redes sociais têm pipocado relatos de pessoas que perderam boas quantias nos bloquinhos da última semana, como essa thread criada pela jornalista Olga Bagatina.

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Como funciona o golpe da troca de cartão?

Basicamente, ao inserir o cartão na maquininha, os criminosos, alegando que a máquina está sem sinal se afastam da vítima. Nesse momento, que pode ser apenas um instante, eles realizam a troca do cartão por outro exatamente igual, mas com outro nome. Sem perceber que houve a substituição a pessoa digita a senha normalmente, enquanto outro criminoso fica atento para identificar quais os dígitos.

O vendedor devolve o cartão e entrega a mercadoria normalmente e, sem perceber o golpe, a vítima guarda o cartão sem conferir se é realmente o seu. Enquanto isso, com o cartão em mãos e a senha na cabeça, o outro criminoso realiza uma transação com alto valor, normalmente na casa dos milhares. Normalmente a vítima só fica sabendo do ocorrido quando recebe alerta do banco informando os gastos.

Leia também:Dicas para evitar golpes na hora de comprar online

Bancos nem sempre devolvem o dinheiro

Apesar da identificação de movimentações atípicas estar entre as responsabilidades do banco, não são todos os casos que a vítima tem a quantia restituída pela instituição financeira. Há relatos de pessoas que conseguiram recuperar o dinheiro rapidamente com o banco e casos em que não acontece o ressarcimento, mesmo entrando na justiça.

Para os bancos e também para a justiça, quando a transação acontece por meio de senha a responsabilidade é do consumidor e não do banco. De acordo com apuração do UOL Notícias, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem julgado a maioria dos casos desse tipo de golpe favorável ao banco. Dessa forma, mesmo entrando na justiça, não há garantia de que receberá o dinheiro de volta.

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Como se proteger do golpe?

No caso do carnaval e outros eventos com a mesma magnitude, o mais recomendado é não usar o cartão nas suas compras durante o festejo. Vá até o caixa eletrônico, saque uma quantia para o dia ou para os quatro e pague tudo no dinheiro. Essa atitude também ajuda e evitar gastar mais do que o estipulado.

Esses golpes não são exclusivos de grandes eventos, apesar de serem mais frequentes com o combo multidão e pessoas alcoolizadas. Por isso, sempre que for pagar algo no cartão, verifique se ele não foi trocado no processo, principalmente se o vendedor se afastar de você por um tempo.

Quando for digitar a senha, tente encobrir o campo de visão fazendo uma “cabaninha” com as mão e inclinando seu corpo sobre a máquina dificultando a visão do teclado. Em cartões de crédito, raspe o número de segurança dele, assim, será mais difícil para realização de fraudes com ele.

Uma dica que pode ajudar é colocar um adesivo chamativo no lado oposto do chip, assim, você conseguirá observar logo que o criminoso retornar que o cartão não é o seu e tomar as devidas providências.

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O que fazer se cair no golpe da troca de cartão?

Antes de qualquer coisa, faça um Boletim de Ocorrência (BO) relatando todo o ocorrido. Isso poderá ajudar a justiça a identificar os criminosos e evitar que outras pessoas caiam nesse tipo de golpe.

Se receber o cartão e perceber que o nome não é o seu, cancele-o imediatamente e chame a polícia. Na maioria dos bancos, o cancelamento pode ser feito pelo aplicativo da instituição financeira de forma bem rápida. Isso pode impedir que a transação seja realizada ou se realizada poderá ajudar caso tenha problemas para ter o dinheiro de volta na conta.

Vá até seu banco e converse com o gerente. Muita gente tem relatado que conseguiu o ressarcimento direto na instituição, sem grandes problemas. Antes de tomar qualquer decisão litigiosa, vale a pena tentar conversar e acertar de forma amigável.


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