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7 histórias em quadrinhos nacionais para conhecer

No Dia do Quadrinho Nacional, selecionamos sete histórias em quadrinhos de autores e autoras brasileiros para você conhecer.

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Luiza Lamas

30 de jan de 2021

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    Você sabia que amanhã é o Dia do Quadrinho Nacional? Para celebrar essa data e valorizar artistas daqui do Brasil, indicamos sete histórias em quadrinhos nacionais para conhecer, escritas e ilustradas por homens e mulheres. Se você ler qualquer uma delas, não se preocupe em investir tempo para reparar nos traços dos desenhos, porque vale a pena. Aliás, essa é a graça de ler quadrinhos.  

    Também é importante dizer que as HQs são bastante responsáveis por introduzir as crianças no universo da literatura, além de divertirem entusiastas de super-heróis, super-heroínas e de histórias no geral. O dia 30 ficou marcado, pois é a data da primeira história em quadrinhos lançada no Brasil: As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, de Angelo Agostini, que na verdade nasceu na Itália, mas firmou carreira aqui no país.

    Depois de algumas linhas de informação, vamos à lista. Ela está em ordem de preferência minha, mas isso não significa que uma HQ é melhor do que outra. 

    1 – Daytripper, de Fábio Moon e Gabriel Bá 

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    Fábio Moon e Gabriel Bá são os irmãos gêmeos que conquistaram com Daytripper o prêmio Eisner na categoria Melhor Série Limitada ou Arco de História, no ano de 2011. O quadrinho, que hoje é vendido em volume único e pertence à editora Panini, nos apresenta o personagem Brás. Ele é jornalista e escreve obituários no jornal, além de achar que não está aproveitando a vida direito. Mas quando será que ele vai perceber que ela já começou? 

    A cada capítulo, a gente conhece uma parte da vida do Brás e um pouco da história dele, mas eles sempre terminam com uma reviravolta inesperada. E, então, eis a grande questão de Daytripper para os leitores: o que você faria se soubesse que esse vai ser o último dia da sua vida? Ou: você já parou para pensar que a vida está aqui e agora? E isso não é no sentido de simplesmente jogar tudo para o alto e até ser irresponsável, mas de perceber a importância dos pequenos e grandes acontecimentos: o primeiro beijo, o nascimento de um filho, uma viagem, o vento batendo no rosto… 

    Sinceramente, não é para menos que essa HQ é tão comentada e está entre as melhores em diversas listas. Além de uma história necessária, ela é graficamente linda. As páginas são grandes e nelas identificamos diversos cenários brasileiros, como o Theatro Municipal de São Paulo e Salvador, além de nos enxergarmos em várias situações descritas pelo personagem. 

    2 e 3 – Quadrinhos da Graphic MSP 

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    As histórias em quadrinhos do projeto Graphic MSP convidam artistas brasileiros para reinventar e reimaginar as histórias do Maurício de Sousa, mantendo algumas características principais dos personagens. Para nossa lista, resolvi indicar duas que gosto muito: Bidu, Caminhos e Chico Bento, Arvorada. A primeira me ganhou pelas ilustrações, enquanto a segunda me emocionou pela história em si. 

    Em Bidu, Caminhos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho, conhecemos a releitura do encontro entre Bidu e Franjinha, os dois primeiros personagens criados por Mauricio de Sousa. A aventura vai trazer problemas, dificuldades e muita chuva, mas também muito carinho. A HQ conta com uma continuação: Bidu, Juntos, que eu sinceramente não achei tão especial quanto a primeira. 

    Já Chico Bento, Arvorada, de Orlandeli, apresenta a relação entre Chico Bento e sua avó, usando, alegoricamente, um ipê amarelo como símbolo. É uma história maravilhosa e emocionante. 

    Vale dizer que estou devendo a leitura de Tina, Respeito, da Fefê Torquato, que provavelmente também estaria nessa lista de indicações. Como não é justo indicar algo que não li, deixo apenas a menção. 

    4 e 5 – Como eu realmente…, de Fernanda Nia  

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    Os dois quadrinhos de Como eu realmente… são uma compilação de tirinhas que já haviam sido publicadas no site de Fernanda Nia, mas transportadas para o papel, em publicações da editora Nemo. Se você procura algo rápido e divertido para ler, que aborda questões simples do cotidiano, será a pedida certa. 

    O mote dos quadrinhos é mostrar as situações por dois pontos de vista: como deveria ser e como realmente é. Com um exemplo pode ficar mais fácil de visualizar: para os amantes de quadrinhos: ir a uma livraria, deveria ser conseguir apenas olhar a vitrine e não levar nada; mas, realmente, a verdade é que a gente quer levar prateleiras e mais prateleiras para casa. 

    Quem tem gato em casa, também vai se identificar muito com algumas tirinhas (ou ficar com vontade de adotar um). 

    6 – Duo.tone, de Vitor Cafaggi  

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    Se você está acompanhando essa lista com atenção desde o começo, deve ter percebido que histórias no geral que têm animais me pegam. E isso acontece também com Duo.tone, lançada como uma publicação independente de Vitor Cafaggi (mais conhecido pelas publicações de Valente), mas que hoje pertence à editora Conrad. 

    Ao fazer a leitura, percebi duas possíveis justificativas para o nome da HQ: o fato de os tons de laranja e azul serem predominantes nas ilustrações da história; e também porque a HQ apresenta duas tramas distintas, mas que possuem o mesmo tema central: imaginação. 

    Vale dizer que a nova edição da Conrad conta com uma história extra, relacionada com a primeira, que não está presente na publicação independente de Vitor Cafaggi. 

    7 – Alho-poró, de Bianca Pinheiro 

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    Se você procura uma leitura rápida e com reviravolta, pode apostar em Alho-poró, da Bianca Pinheiro. A história começa com duas mulheres indo procurar alho-poró no mercado para um quiche (e quantas vezes você não ficou chateado por não conseguir fazer uma receita pela falta de um único ingrediente?), mas termina de forma totalmente inesperada. 

    Como a HQ tem poucas páginas, falar mais do que isso estragaria a experiência de leitura.


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