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Huawei não terá mais Android: entenda o caso e o que muda para nós

A Google anunciou hoje que a fabricante chinesa não poderá mais contar com o sistema Android e muitos dos aplicativos desenvolvidos pela empresa americana. Saiba o que isso significa para o consumidores da marca.

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Yolanda Moretto

21 de mai de 2019

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A briga da gigante chinesa Huawei por uma fatia melhor do mercado global de celulares inteligentes recebeu mais uma reviravolta digna de série. Agora, a americana Google anunciou que irá interromper os serviços oferecidos pela empresa, o que inclui acesso a versões atualizadas do sistema operacional Android e a alguns aplicativos, como Gmail, Google Maps e YouTube para celulares da marca chinesa.

O anúncio vem alguns dias após a Huawei ter lançado no Brasil o seu novo top de linha, o Huawei P30 Pro, e é mais um passo na guerra que o governo de Donald Trump está travando contra a marca oriental.

Leia mais:HUAWEI P30 Pro terá mais de R$ 2 mil de desconto na troca pelo seu celular usado

Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

O Google não foi a única empresa americana a tomar uma atitude prejudicial à empresa chinesa, Intel, Qualcomm e Broadcom também bloquearam seus serviços para a fabricante chinesa e espera-se que outras empresas americanas, como a AMD e a Microsoft também retirem seus serviços, cumprindo o bloqueio dos Estados Unidos. Atualmente a Huawei utiliza os chips fabricados pela Intel e os processadores da Qualcomm para seus smartphones, e os chips de comutação da Broadcom para seus equipamentos de rede móvel.

Mas o que tudo isso muda para você, consumidor, e principalmente para quem possui um celular Huawei? vamos explicar a seguir.

Eu tenho um celular Huawei, e agora?

Segundo um comunidcado feito pela conta oficial do Android no Twitter, os serviços da Google devem continuar funcionando nos aparelhos já existentes e em uso nos Estados Unidos (e, espera-se, para outros países).

Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

Fonte: Conta oficial do Android

Isso porque a Huawei utiliza no momento uma versão do Android disponível por código aberto, ou seja, disponível para qualquer pessoa ou empresa que queira usá-lo ou modificá-lo. No entanto, a Huawei não deverá ter acesso a novas atualizações dessas versões de código aberto nem acesso às versões novas que forem sendo lançadas.

Para quem já possui um smartphone Huawei, a previsão feita por diversos sites de tecnologia dos Estados Unidos é de que o sistema desses aparelhos deva continuar funcionando por pelo menos um ano, a partir de agora. No entanto. como não receberão mais atualizações, poderão apresentar vulnerabilidades em curto prazo. A Huawei, no entanto, afirma que continuará trabalhando em atualizações de segurança mensais.

Se você estava pensando em comprar um aparelho da marca logo, nossa sugestão e esperar e acompanhar de perto a resolução desta situação. Ainda não se sabe se por quanto tempo o bloqueio irá continuar e a Huawei também afirma que há alguns anos está se preparando para caso esses bloqueios realmente acontecessem.

O plano B da empresa chinesa

A situação conturbada entre a empresa chinesa e o governo dos Estados Unidos já está em pauta entre as empresas e meios de comunicação há um bom tempo, fazendo com que a Huawei já começasse a desenvolver maneiras de se proteger caso as ameaças de bloqueio comercial realmente acontecessem.

A chinesa diz já estar trabalhando em um sistema operacional próprio, para um caso de emergência, apesar de preferir continuar trabalhando com o sistema Android. Quem fez o anúncio foi o próprio CEO da empresa, Richard Yu, para o jornal alemão Welt. No entanto, ainda não há muitas informações sobre o estado de desenvolvimento desse sistema operacional nem detalhes de como ele funcionaria.

Mesmo se for implantado em futuros aparelhos, o sistema teria o grande empecilho de falta de aplicativos desenvolvidos para ele, já que 70% dos downloads de aplicativos atualmente são feitos na Google Play (Android) e 22,6% pela Apple Store (iOS).

O bloqueio de Trump: entenda o caso

Apesar de não citar diretamente a Huawei, o bloqueio comercial iniciado por Trump mira especificamente empresas chinesas, que são atualmente as maiores concorrentes dos Estados Unidos no mercado global de tecnologia.

Basicamente, a “lista negra” do presidente americano diz que empresas estrangeiras não podem comprar tecnologia de empresas americanas da área sem aprovação do governo, principalmente na área de telecomunicações.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China não é nova, mas acontecimentos recentes levaram a uma escalada da situação, com Trump declarando “estado de emergência nacional” semana passada, proibindo que qualquer empresa estrangeira venda equipamentos de telecomunicação aos Estados Unidos, como antenas 3G e 4G. Agora, o presidente ianque lançou uma lista de boicotes que cita a Huawei e mais 70 empresas que necessitam de licença do governo americana para utilizar tecnologia do país.


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