Celular da Coca-Cola é bom? Parceria com Realme surpreende

Produtos licenciados pela Coca-Cola não são nenhuma novidade. Garrafas temáticas, fones de ouvido e até itens de vestuário, como roupas e calçados, possuem suas versões com a identidade visual da marca. Há poucos meses, surgiram rumores de que a marca estaria envolvida no lançamento de um smartphone. E apesar de não ser de produção própria, o celular da Coca-Cola deu as caras em fevereiro deste ano, se tratando de uma versão especial do Realme 10 Pro 5G. Mas será que o tal celular da Coca-Cola é bom ou apenas visualmente interessante? Confira nossa análise da ficha técnica do smartphone. 

Design e conectividade

Antes de respondermos se o design do celular da Coca-Cola é bom, falemos um pouco sobre sua caixa especial e o que vem dentro dela. Além de um capinha transparente e um carregador de 33W, a edição especial traz no interior da caixa o mascote da Realme, o Realmeow, com a cor e o nome da marca. Também acompanha um cartão especial, com um pequeno texto e numeração própria por ser uma edição limitada, juntamente de cartelas com adesivos temáticos e exclusivos, e a chave para abertura da gaveta dos cartões SIM com um visual que se assemelha a uma tampa de garrafa. 

Falando sobre o design do aparelho em si, o corpo se mantém com a mesma construção da versão padrão do Realme 10 Pro, com um acabamento em plástico, bordas levemente arredondadas e a traseira “dividida” em duas partes. Uma possui o mesmo preto foto da versão padrão, com o nome Realme na parte de baixo, e o conjunto de câmeras com as duas lentes e o flash LED na parte superior. A outra parte possui a cor vermelha e o logo da Coca-Cola, definindo o diferencial no visual dessa versão especial. 

Em sua lateral direita encontramos o botão Power, com suporte a leitura de digitais, junto dos controladores de volume e um pequeno logo da marca localizado mais para baixo. No lado direito, temos apenas a gaveta com suporte para um segundo cartão SIM ou um cartão SD. Em sua parte superior vemos um sensor de microfone e um alto-falante, enquanto na parte inferior temos uma entrada P2 para fones de ouvido, um segundo sensor de microfone, a porta USB-C e um segundo alto-falante. 

Conforme indicado pelo seu nome, o Realme 10 Pro possui conectividade 5G, vem com o Android 13 como sistema operacional de fábrica, suporte a WiFi e Bluetooth 5.1. Porém, não possui suporte a NFC e nem uma certificação especial de resistência contra água e poeira. 

Tela e áudio 

Sua tela se trata de uma LCD IPS de 6,72 polegadas e resolução Full HD+, um grande display que sabe aproveitar bem o espaço, não possuindo grandes bordas para limitá-lo. E mesmo não sendo uma tela OLED ou AMOLED, ainda possui uma boa qualidade para o segmento intermediário, tendo uma taxa de atualização de 120 Hz, que promove uma maior suavidade ao transicionar entre apps. Infelizmente seu brilho não é tão potente, mas também não compromete ao utilizar o celular em ambientes fechados e com pouca iluminação. 

Quanto ao seu áudio, apesar de estéreo e contar com a tecnologia Hi-Res, sua performance deixa bastante a desejar. Ao utilizar o aparelho para atividades que necessitam de som, principalmente escutar músicas, é recomendado fazer sempre de fone de ouvido. Os alto-falantes não possuem boas definições nos graves, com médios fracos e agudos que se excedem, tendo um som bem estourado ao elevar o volume.  

Câmeras

O Realme 10 Pro possui dois sensores traseiros, um principal de 108 MP e uma lente macro de 2 MP. Podemos dizer que o sensor principal do celular da Coca-Cola é bom, sendo capaz reproduzir bons níveis de detalhes e bom uso do HDR, principalmente em ambientes bem iluminados. As imagens apresentam um pós-processamento que agrada alguns usuários mas pode incomodar outros, por conta de sua alta saturação, mas se trata de uma função que pode ser desativada. 

Ao utilizar para vídeos, o smartphone permite gravações a 30 fps, em resolução Full HD-1080p ou HD-720p. Os resultados são bem básicos e nada que chame muita atenção e só alcançam uma qualidade boa em ótimas condições de luz. Além disso, apresenta pouca firmeza nas imagens mesmo com a função de estabilização digital ativada. 

A câmera frontal possui 16 MP e seus resultados são mistos. Em fotos, sua qualidade é intermediária, também sendo dependente de uma boa iluminação, porém exagerando um pouco no efeito de suavização. E em vídeos, a qualidade decai bastante mesmo em locais bem iluminados. Num geral, é um conjunto de câmeras um pouco abaixo da média de aparelhos intermediários, sendo necessário recorrer ao uso da lente principal em quase 100% das vezes para registros de maior qualidade. 

Bateria

Seguindo o padrão, o Realme 10 Pro possui uma bateria de 5.000 mAh, com boa otimização energética e conseguindo durar por pelo menos um dia inteiro, dependendo do tipo e da quantidade do uso de aplicativos. Um outro ponto positivo, já citado anteriormente, é o seu carregador de 33W, capaz de ir de 0 a 50% em aproximadamente 30 minutos.  

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Desempenho

Provavelmente, o principal ponto de destaque do smartphone. O Realme 10 Pro conta com o chipset Snapdragon 695, tendo versões com 8 ou 12 GB de memória RAM. Para usos comuns e rotineiros, ele se sai muito bem, tendo como único empecilho a interface própria da fabricante que eventualmente apresenta alguns travamentos. A configuração também se sai bem com jogos não tão pesados, e conta com um recurso que impulsiona a performance do processador, porém, fazendo com que o aparelho esquente mais e gaste mais bateria também. 

Os dados técnicos do Realme 10 Pro como um todo, são de um aparelho intermediário pleno, porém no que tange a sua configuração, ele estaria mais próximo a um intermediário premium. Seus resultados são bastante positivos, e se mostram bons tanto para usuários simples quanto para quem possui necessidades mais específicas em um smartphone.

Preço e disponibilidade

Infelizmente, tanto a versão padrão quanto a edição especial da Coca-Cola do Realme 10 Pro não chegaram ao Brasil. A versão base pode facilmente ser encontrada por meio de compra internacional, já tendo aparecido aqui no Promobit por R$ 1.248,63. Já a Coca-Cola Edition foi lançada apenas em alguns países, em sua maioria da Ásia, tendo uma variação no preço. Na Índia, ela foi lançada custando cerca de 20.099 rúpias (algo próximo de R$ 1336, sem taxas ou impostos). Por se tratar de uma edição especial, limitada e para apenas alguns países, conseguir importá-la provavelmente ficaria acima do seu preço padrão, que é na casa dos 2.000 reais. 

Conclusão: o celular da Coca-Cola é bom? 

Considerando tudo que foi dito, podemos concluir que o celular de Coca-Cola é bom sim. O Realme 10 Pro possui uma configuração intermediária bem equilibrada e que surpreende principalmente no desempenho. Quanto aos extras vindos na edição especial, é nítido o cuidado que tiveram ao fazer o produto, sendo um prato cheio para colecionadores, desde os itens extras que acompanham quanto até a própria caixa, que possui um design especial e seria um ótimo item colecionável para se ter em uma estante. 

Uma alternativa viável da mesma linha, e que foi lançada no Brasil, é o Realme Pro 10+ Essa versão repete algumas das configurações de sua versão base, como a bateria e as câmeras principal e macro, porém difere no chipset, na tela e possui uma terceira lente. A versão Plus conta com o Dimensity 1080 da MediaTek como seu processador; tela OLED de 6,7 polegadas e uma lente ultrawide de 8 MP. O Realme 10 Pro+ pode não ter o carisma do celular da Coca-Cola, mas em termos de configurações, pode ser uma opção até mais viável, já tendo aparecido aqui no Promobit por R$ 2.014,53.

Ficha técnica:

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