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Falando sobre perfumes: origem, características e criação

por Mickael Fernandes (@mf)

14 de janeiro de 2020 às 19:21

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E, aí pessoal, tudo bem? Depois de comentar aqui algumas curiosidades sobre perfumes, resolvi criar um tópico para mostrar mais a história desse produto tão consumido hoje em dia.



Já dizia Aristóteles: “O perfume é algo que penetra no âmago do ser”, não a toa há registros na história sobre o uso do perfume de 2000 A.C., pois suscitam emoções, provocam humores e revivem memórias com a transmissão olfativa para áreas do cérebro associadas à emoção, criatividade e a própria memória.

Posto isso, acho interessante saber mais sobre a química do perfume.



ORIGEM



Como comentado nas curiosidades, a palavra vem de “per fumus” (através da fumaça) por causa de rituais praticados na época.



Foram os árabes que promoveram a evolução na extração das essências a partir de flores maceradas (amassadas, por assim dizer) com água, obtendo “água de rosas” — e outras flores. E com a origem da alquimia por volta do século XVI, a perfumaria só melhorou cada vez mais.



O perfume é composto por várias substâncias que são extraídas de plantas ou animais, como os óleos essenciais. Além disso, é misturado com água, álcool, filtro UV e antioxidantes (para não virar “vinagre”).



CARACTERÍSTICAS



Ainda que o perfume seja uma substância composta homogênea, o vemos separadamente dizendo que ele é composto por três tipos de notas:



- Notas de cabeça ou topo: são as notas mais voláteis, as que são sentidas logo que aplicamos o perfume.

- Notas de corpo ou coração: leva um tempo a ser percebida, é a nota intermediária do perfume

- Nota de fundo ou base: esse tipo de nota é composta por substâncias oleosas e densas, menos voláteis, são realmente as “fixadoras” dos perfumes. O perfume precisa evoluir bastante para se conseguir chegar estas notas.



PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PERFUME



Estima-se que leve de 6 a 18 meses para a criação de uma fragrância e isso são para poucas pessoas, deveria haver cerca de uns 300 perfumistas no mundo até 2014; no Brasil estimavam-se cerca de 50. O perfumista leva cerca de 10 anos para guardar o odor das seis mil matérias-primas utilizadas na composição das fragrâncias. Em média reconhecem 2000 aromas em seis anos com treinamento diário.



MATÉRIAS-PRIMAS



Abaixo alguma das matérias-primas mais utilizadas:



- Animais: almíscar ou musk (muito utilizada, é produzido pelas glândulas sexuais do veado-almiscarado macho do Tibete), castóreo (matéria oleosa é secretada por castores do Canadá e Rússia), âmbar (expelido naturalmente por baleias cachalotes), algália (secreção glandular do gato-da-algália retirada por curetagem anal). Não se preocupe tanto se for defensor dos animais ou vegano, essas substâncias já estão sendo substituídas por aromas sintéticos.



- Vegetais: flores (tuberosa, rosa, jasmim), caules, folhas (hortelã), frutos (ânis, coentro), casca dos frutos (laranja, limão), sementes (aipo, salsa), raízes (íris, vetiver), espinhos, ramos (cipreste, pinheiro), ervas (estragão, tomilho), resinas, bálsamos (incenso, mirra), madeiras (cedro, sândalo) e casca (canela).



EXTRAÇÃO


Abaixo algum dos processos mais utilizados para a obtenção dos óleos essenciais, matéria-prima dos perfumes. 
- Destilação
- Enfloragem (flores ou pétalas são colocadas sobre placas de vidro cobertas com gordura e as essências são absorvidas)
- Solventes
- Maceração (“amassamento”)
- Headspace (utilizado quando a essência é de difícil captação como o lírio-do-vale, um gás neutro capta a essência em uma redoma)



NO BRASIL



Brasil é um dos maiores consumidores do mundo dessa indústria, figurando o top 5 segundo a Veja. Nossa indústria perfumística se consolidou na década de 1940.



Fonte: site administradores e O Perfumístico

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