Dia da Toalha: golfinhos, ficção e humor britânico

Assim como as fotos de infância no Dia das Crianças e as declarações de amor no Dia dos Namorados, amanhã teremos uma chuva de brincadeiras com o número 42, fotos de toalhas e referências ao Guia do Mochileiro das Galáxias passando por nossas timelines. Para os nerds do mundo inteiro, 25 de maio é uma data especial. Mas se você não sabe muito sobre o Dia da Tolha, NÃO ENTRE EM PÂNICO: nosso artigo vai servir como um guia para a aleatoriedade que move este universo.

Dia da Toalha ou Dia do Orgulho Nerd

Embora algumas pessoas e marcas tentem transformar o Dia da Tolha no Dia do Orgulho Nerd, esse não foi o motivo inicial das comemorações. A data foi criada como uma homenagem à Douglas Adams, autor inglês dotado de um humor nonsense, ácido e extremamente crítico, que influenciou a ficção científica e a cultura pop como um todo com o seu livro: o Guia do Mochileiro das Galáxias.

Como o Dia da Toalha foi criado

Em 2001, aos 52 anos, Douglas Adams morreu devido a um ataque cardíaco. Os fãs se reuniram para elaborar a melhor forma de homenagear o autor, mas, após várias ideias que envolviam o número 42 e extensas discussões, a burocracia do processo fez com que eles demorassem a chegar a um acordo.

Quando tudo parecia ter se acertado e a homenagem aconteceria 42 dias após a morte do criador da série de livros, os fãs perceberam era um tempo muito longo e optaram por uma data mais próxima. Assim, sem nenhuma ligação e de forma completamente aleatória, 25 de maio se tornou o Dia da Toalha. Uma homenagem mais do que justa a quem fez da aleatoriedade sua marca mais forte.

Um pouco sobre Douglas Adams

Embora seu nome tenha ficado atrelado ao grande sucesso do Guia do Mochileiro das Galáxias, as contribuições de Douglas Adams foram muito além dessa história. O autor, que possui trabalhos na TV, rádio e cinema, criou histórias que fazem sucesso até hoje, como Dirk Gently’s Holistic Detective Agency (1987), transformada recentemente uma excelente série protagonizada por Samuel Barnett e Elijah Wood. Suas duas temporadas podem ser assistidas na Netflix.

Outro produto da cultura pop que tem os dedos, ou melhor, os neurônios do mestre Adams é Doctor Who, série da BBC que começou a ser produzida em 1963 e, após pausa, continua sendo exibida no canal da TV Inglesa. Além desses títulos, ele escreveu The Long Dark Tea-Time of the Soul (1988), The Meaning of Liff (1983) e sua continuação The Deeper Meaning of Liff (1990) e Last Chance to See (1990).

Guia do Mochileiro das Galáxias

Não é à toa que esse é um dos mais cultuados livros da cultura pop. No título, Douglas Adams nos transporta para histórias fantásticas em um universo repleto dos mesmos problemas ordinários da rotina do dia a dia, como a burocracia burra.

A história começa com Arthur Dent, um cara sem nada especial, cuja casa está para ser demolida para dar passagem a uma estrada. Para evitar a obra, ele deveria ter ido até a prefeitura solicitar o cancelamento. Esse fato acontece logo antes da mesma coisa acontecer com sua outra casa, a Terra. Mas pouco antes do planeta ser destruído, Arthur é salvo por seu amigo Ford Prefect, que se revelou um alienígena e colaborador do Guia do Mochileiro das Galáxias, o livro mais importante de todo o universo.

E é nessa brincadeira entre fantástico e ordinário e um humor sem comparação que Douglas Adams nos conduz pelas páginas dos cindo livros do Guia do Mochileiro das Galáxias.

Mas onde entram os 42 golfinhos vestindo toalhas?

Os principais símbolos da história são cultuados pelos fãs da série de livros (e até algumas pessoas que nunca leram os livros). Para você não ficar boiando nas conversas e entender aquelas fotos de toalha, confira alguns símbolos da série.

Toalha

De acordo com o Guia do Mochileiro das Galáxias, a toalha é a ferramenta mais importante de todo universo e algo que todo viajante deveria levar consigo.

“A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido ao seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kabrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você – estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.”

42

É a resposta para a Vida, o Universo e Tudo Mais. O problema: ninguém descobriu qual a pergunta. No mundo idealizado pelo autor inglês, uma raça muito avançada criou um super computador para saber qual o sentido da vida. Depois de computar por um longo tempo, ele retorna com o número 42.

Golfinhos

São a segunda espécie mais inteligente que reside na Terra. Spoiler, os seres humanos só ficam em terceiro.

Se você ainda não conhece as histórias criadas por Douglas Adams, aproveite as promoções do Dia da Toalha em lojas como Americanas, Submarino e Amazon para mergulhar em um dos universos mais interessantes da ficção.

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