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Oi e TIM negociam fusão no Brasil

As empresas de telefonia Oi e TIM estão negociando uma possível fusão, o que faria com que elas conquistassem 41% do segmento de telefonia móvel no Brasil

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Yolanda Moretto

16 de mar de 2018

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As operadoras de telefonia Oi e TIM estão discutindo uma possível fusão de seus serviços no Brasil. Os rumores sobre o tema foram reforçados devido a um encontro entre executivos das suas empresas durante o principal evento do setor de telefonia móvel, o Mobile World Congress, realizado no final do mês passado, em Barcelona, mesmo evento em que foram anunciados os modelos Galaxy S9 e S9 Plus.

oi

Segundo reportagem do jornal O Globo, tal fusão só poderá ocorrer após a Oi finalizar seu processo de recuperação judicial. A empresa precisa ainda realizar a conversão da dívida em ações e a capitalização. O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado no final do ano passado pela assembleia de credores da operadora.

A proposta estaria sendo liderada pelo fundo Elliot, principal acionista da Telecom Italia, controladora da TIM. Segundo relatório publicado pelo Bradesco em fevereiro, as chances de uma fusão entre as operadoras subiu para 50% nos últimos 12 meses. Os ganhos de ambas as partes, caso a fusão seja concretizada, podem ultrapassar R$ 25 bilhões.

A estimativa do relatório é que a nova empresa de serviços de telefonia móvel e celulares passaria a dominar o mercado brasileiro no setor.

Negociações sobre uma possível junção das duas empresas já haviam sido realizadas anteriormente, mas não foram para frente. Após a decisão judicial sobre a negociação das dívidas da Oi, no entanto, a proposta se torna mais forte, com menos obstáculos para que possa ser levada adiante.

Os prós e contras da fusão

Os analistas financeiros do setor de telecomunicações estão divididos sobre os benefícios oriundos de uma fusão entre as duas companhias. O jornal Estado de Minas aponta que vários investidores enxergam uma oportunidade de crescimento para uma corporação maior e melhor eficiência de rendimentos, pois enquanto a Oi tem a maior cobertura de telefonia fixa do país, a TIM procura aumentar seu portfólio de serviços oferecidos.

Para os analistas Andre Baggio e Marcelo Santos, do banco JPMorgan, a Oi sozinha teria que fazer um investimento muito grande para recuperar seus negócios. “Isso nos parece improvável, dadas as restrições de capital e as necessidades de aportes também em outras áreas, como a banda larga. A fusão de TIM e Oi em algum momento seria o cenário mais lógico em nossa opinião, tendo em vista as potenciais sinergias”, comentam.

Já para os consumidores, a negociação das duas empresas pode não ser tão boa, já que levaria a uma concentração do mercado e diminuiria a competitividade. As operadoras Vivo e Claro também poderiam sofrer com o movimento das rivais, pois ganhariam uma nova competidora no mercado.

Atualmente no Brasil, o faturamento das companhias de telefonia móvel está dividido da seguinte forma: Vivo (41%), TIM (24%), Claro (18%), Oi (12,9%) e Nextel (4,1%).


Um dos serviços mais procurados da TIM é o chamado TIM Beta, que traz diversas vantagens para os usuários, como planos de dados por preços acessíveis e uma competição entre os “betas” que traz mais benefícios para os vencedores pelo mesmo preço.