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Review do jogo The Surge

The Surge, da Deck 13, é um Dark Souls com robôs assassinos; será que dá liga?

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ericarrache

19 de mai de 2017

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Dark Souls foi um jogo que revolucionou a sétima geração de consoles. A maioria dos jogos de ação que vieram depois ou se inspiraram em alguns dos seus elementos de jogo, ou tentaram ser o próximo Dark Souls. The Surge é um desses casos. Criado pela Deck 13, a mesma empresa de Lords of the Fallen, The Surge usa um cenário futurista para justificar a sua ação, mas será que o jogo consegue se destacar?

No jogo, você controla Warren, um paraplégico que se alistou numa empresa onde os funcionários usam exoesqueletos para trabalhar. Graças ao exoesqueleto, ele tem habilidades que ele não teria, como uma super força e de voltar a andar. O problema é que no primeiro dia de trabalho um evento muito estranho aconteceu, e todas as máquinas tomaram conta dos funcionários e, por causa disso, eles viraram assassinos. Agora, cabe a você descobrir porque isso está ocorrendo e sobreviver a tudo isso.

Logo após esse começo um pouco lento, The Surge mostra a que veio. O jogo basicamente funciona como, adivinhe quem, Dark Souls na maioria das suas características: sistema de level up, combate e até uma central de cura que faz todos os inimigos do mapa reviverem. Apesar das semelhantes, existem algumas mudanças que são bem interessantes: você pode mirar em qual parte do corpo do adversário quer acertar, e essa mecânica é fundamental dentro do jogo, pois você pode optar entre atacar uma parte desprotegida e causar mais dano, ou uma parte com armadura ou arma e tentar obter esse equipamento do seu inimigo. Após uma certa quantidade de energia do adversário ser removida, você ganha a opção de executá-lo, segurando o botão A ou X, dependendo de onde você estiver jogando o game, e vendo a animação de execução. É divertido.

A melhora do seu personagem só vem se você usar essa mecânica para extrair peças de seus adversários. Para isso, você tem que executá-lo em alguma parte do corpo onde ele carrega uma arma ou armadura, e aí você tem a chance de obter o esquema de fabricação dessa peça. Depois disso, você pode coletar itens para fabricar essa peça e então ir melhorando-a conforme avança no jogo. É um sistema interessante, mas que acaba forçando o jogador a repetir a mesma área um monte de vezes, e você meio que é forçado pelo jogo a fazer isso. Do contrário, os inimigos são absurdamente mais fortes do que você.

The Surge game

Além de um monte de repetições desnecessárias nas áreas, The Surge ainda peca também no posicionamento de alguns inimigos, no design de mapas e também em bugs espalhados por aí. Não é uma nem duas vezes que você vai morrer em razão de problemas do cenário ou de inimigos que não deveriam estar exatamente onde eles ficam, e isso é um problema que talvez persista mesmo após a Deck 13 atualizar o jogo.

Para completar, os chefes do jogo não são grandes coisas. Nenhum deles vai ficar na sua cabeça por muito tempo, e a maioria deles são robôs grandes que dão porradas muito fortes e que são lentos, mas que, volta e meia, dão aquele ataque apelão que pega metade do cenário onde você está.

Mas e o jogo vale a pena ou não?

Olha, sinceramente, The Surge poderia ser muito melhor por uma série de fatores, mas mesmo com patches pós-lançamento, ele ainda vai ter os problemas de design que não se resolvem com patches, já que o jogo foi pensado dessa forma. Fãs do gênero podem até gostar e terminar o jogo, mas ele está longe de ser imperdível para quem já terminou os Soulsborne e NiOh.

6
Bem OK
  • Nota6/10